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      Wallace Viana aconselha: não leve pelo pessoal; pode ser profissional 
      
      
       
| E AGORA? |  CARLA PARAIZO | 
        
          "A vida é feita de escolhas e cada escolha é uma renúncia." Desconheço o autor dessa frase, mas concordo com ela. Ao longo da vida, fazemos várias escolhas e ao fazê-las, renunciamos a uma ou várias das demais alternativas que nos foram apresentadas.
Algumas vezes nos é permitido escolher por nós mesmos. Em outras, escolhem por nós. E muitas são escolhas que poderão impactar toda nossa vida.
Nascemos e nossos pais nos escolhem um nome que nos acompanhará pela vida toda. À medida em que o tempo passa e crescemos, as escolhas continuam. Escolhem as roupas que iremos usar, o colégio que iremos estudar. E quando chega o tempo em que são permitidas essas escolhas, começamos a aprender e a provar as conseqüências - das escolhas que fazemos poderão depender nosso futuro profissional.
Entre tantas obrigações que cabem aos pais, destaco o disposto no Artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
“Aos pais incumbe o dever de (…) educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.“
Observamos que é obrigação dos pais prover condições para que seus filhos recebam educação básica e com isso, alcancem a realização pessoal e profissional. Já ouvimos de várias pessoas que “o estudo é a maior herança que nos deixam nossos pais". E é fato! Sem educação, sem orientação, sem estudo, sem cultura, nos dias de hoje, dificilmente chega-se à realização pessoal e/ou profissional. 
Adéila Prado discorre em seu poema Ensinamento, um pouco sobre esse conflito entre pessoal e profisssional, quando relata:
“Miinha mãe achava o estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento. Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo: “Coitado, até essa hora no serviço pesado“. Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente. Não me falou em amor. Essa palavra de luxo.“
Notamos nessas poucas palavras que a realização pessoal pode ter relação direta com a realização profissional do outro. E isso é ensinamento prá vida toda que reflete na formação de caráter de um ser humano.
E nesse processo de crescimento, num determinado momento da vida chega o momento que nos perguntam: o que você vai ser quando crescer? E nos vemos perdidos diante de tantas opções que o mercado e a vida nos oferece e, às vezes nos impõe.
Pensamos em seguir a brilhante carreira de nossos pais, porém muitas vezes, sem perceber se temos a mesma vocação deles. Ou, sem ter opção, nos é determinado seguir a mesma carreira deles, por tradição ou imposição.
Entretanto, nem sempre temos a mesma vocação de nossos pais. E nos vemos num grande impasse: a realização pela profissão que já se mostra bem sucedida, com portas abertas e oportunidades indicadas, apartada da realização pessoal,  ou optamos pela realização pessoal, com obstáculos a serem superados e conquistas realizadas para a realização profissional?
Em outras circunstâncias, a escolha da realização profissional é feita com renúncia à realização pessoal. E em determinados momentos, imaginamos se fizemos a escolha errada. Noutras, a escolha da realização pessoal prevalece sobre a escolha da realização profissional e, ao longo do caminho muitos imaginam se não escolheram mal.
Mas o que é isso: realização profissional e realização pessoal? Estão intimamente ligados ou não? Devem seguir juntos ou apartados?
Deixo aqui a interrogação para reflexão. Pois de nada valerá a herança que deixarem nossos pais se a usarmos mal. Realização profissional sem realização pessoal pode resultar em frustração. E vice-versa.
A realização pessoal poderá ser vista de várias formas: através da profissão, através dos amigos, através da família ou até mesmo sozinho.  Mas sem deixar de lado o sentimento que nos move e irá nos manter realizados. E assim também com a realização profissional, através de uma atividade realizada com o coração.
É preciso perceber o impacto que uma escolha trará e cujas cujas consequências poderá afetar a vida toda. Refletir, escolher o caminho e seguir sendo fiel a você e aos que te cercam. Isso é que importa, pois nem sempre haverá uma nova oportunidade.
	
      
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            CARLA PARAIZO 
          
           Advogada, pós-graduada em Direito Empresarial, atua na área de consultoria de Direito Eletrônico / Internet / Desenvolvimento e é professora de Introdução ao Direito e Legislação nos cursos de Turismo, Farmácia e Segurança do Trabalho | 
| Coluna Direito de 01/02/2006 | Imprimir | 
